35:12
ou 12:35?
Nas
redes sociais estão “bombando” as preferências político-partidárias de alguns
jaguaribanos. Vermelhou o 12 ou
azulou o 35? Qual a legenda a se
escolher para a foto do perfil? Há critérios para a seleção de tão importante
representante político que irá gerir o município por quatro anos ininterruptos?
Que intenções estão por trás de eleitores e elegíveis? Isto talvez seja a
principal causa do desmando político que assola a nossa nação: o jogo de
interesses que permeia essa relação despontada apenas de quatro em quatro anos.
É,
amigos! Falta-nos bom senso como eleitores e boa consciência dos que se sagram
como oferta à salvação política do município, pois estamos imersos em um
sistema político maculado pela desonestidade, pelo mercantilismo do voto, pela
retaliação àqueles que não têm a “sorte” de votar em quem se elegerá. Sobe às
mentes incautas o frenesi dos 45 dias de campanha e desce pelo ralo uma fortuna
em reais. O sistema político brasileiro nega-nos a oportunidade de optar por
candidatos desprovidos de abastança, ainda que todo eleitor seja um candidato
em potencial. É-lhe tolhida a oportunidade! Falta-lhe o “cacau”!
Observando
a “pelea” eufórica nas redes sociais, 35
ou 12, 12 ou 35; vieram-nos em
mente algumas referências bíblicas. Não somos daqueles que se utilizam das
escrituras como “horóscopo”. Que abrem a bíblia em textos isolados, acreditando
que Deus esteja falado especificamente. Cremos na Bíblia como Palavra de Deus
em toda a sua completitude e que a sua fala está sempre dentro de um contexto,
pois quem ler um texto bíblico sem olhar o contexto, está em busca de um pretexto.
Ainda assim, intentamos fazer um trocadilho com os números desta campanha.
Observamos o Salmo 35 no versículo 12 e olhem o que encontramos: “Pagam-me
o mal pelo bem, causando-me luto na alma”. O salmo 35 é um lamento da parte de alguém cuja vida estava sendo ameaça e
o texto citado, versículo 12,
configura-se o cúmulo da injustiça. Espera-se sempre o melhor daqueles a quem
se confia o voto. Não se espera, jamais, mal pelo bem, corrupção, retaliação,
perseguição ou qualquer atitude inescrupulosa de quem se almeja que pratique o
bem para a coletividade.
A
política partidária brasileira tem sido um mal, um câncer, uma gangrena que
carcome as boas intenções. Esperamos que a minoria bem intencionada não seja consumida
pela maioria doente. Jesus Cristo nos afirma em Mateus capítulo 12, versículo 35, que “O homem bom, do seu bom tesouro tira coisas boas, e o
homem mau do mau tesouro tira coisas más”. Será que nesse ambiente tão fétido
poder-se-á garimpar um político bom, disponível a tirar do seu bom tesouro, da
sua consciência, das suas intenções, coisas boas? Que esteja realmente disposto
a sacrificar quatro anos para empenhar-se no bem-estar dos seus concidadãos?
A
nossa atual situação político-econômica nos torna incrédulos em relação à
classe política. Não são os números, as legendas, os partidos, que solucionarão
as mazelas do povo. O apóstolo tinha um temor em relação aos cristãos coríntios:
“Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim
também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos e se apartem
da simplicidade e da pureza que há em Cristo”. Olhando pelo prisma bíblico, a
solução não seria a simplicidade e a pureza de Cristo? Afinal, todos nos
nomeamos cristãos!
Francisco Fernandes
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